sábado, 6 de outubro de 2012

“As leis são como as mulheres, servem para ser violadas” - Mundo - PUBLICO.PT

“As leis são como as mulheres, servem para ser violadas” - Mundo - PUBLICO.PT

A frase foi dita durante uma conversa com outros conselheiros e as reacções não se fizeram esperar. José Manuel Castelao, presidente do organismo espanhol para os cidadãos no estrangeiro, disse que “as leis são como as mulheres, servem para ser violadas”. Pouco depois apresentou a demissão.
Castelao alegou “motivos pessoais”, mas na imprensa espanhola é a polémica frase que dá título aos artigos sobre a demissão. E “infeliz” é o adjectivo mais contido para qualificar a declaração, feita quatro dias depois da tomada de posse. O mandato de quatro anos acabou por não durar uma semana.

A frase foi dita na passada segunda-feira, durante uma reunião, em Santiago de Compostela, na Galiza, dos membros do Conselho Geral da Cidadania no Exterior. Trata-se de um órgão consultivo ligado ao Ministério do Emprego espanhol.

Responsáveis deste ministério disseram ao jornal El Mundo que as declarações de Castelao “estão completamente fora de lugar e são, no mínimo, infelizes”.

Castelao, um advogado de 71 anos, admitiu ter dito as palavras que causaram polémica, “mas não com o sentido que quiseram dar-lhe”. E adiantou que o que quis dizer “era o contrário”, garantindo que “não quis ofender ninguém, e menos ainda as mulheres”.

Antigo deputado do Partido Popular espanhol no Parlamento da Galiza entre 2005 e 2009, Castelao disse, citado pelo El País, que o pedido de demissão não está relacionado com a polémica frase. “Ninguém me pediu que renunciasse ao cargo. Tenho uma situação pessoal que me leva a não continuar no cargo. Não tem nada a ver com o que aconteceu, embora seja certo que as coisas estão a ser relacionadas”, disse ao El País.

A frase gerou protestos de membros do próprio organismo espanhol para os cidadãos no estrangeiro e Castelao já foi substituído pela até agora vice-presidente Marina del Coral.

Tinha sido proposto para o cargo, que ocupava pela segunda vez, pela ministra do Emprego, Fátima Béñez, mas esta nem teve tempo de assinar a nomeação.

No segundo dia em funções, Castelao estava a referir-se à acta de uma das comissões do organismo, dedicada à educação e cultura, e para a qual faltava um voto, conta o El País. Terá então dito: “Não há problema. Há nove votos? Põe dez. As leis são como as mulheres, existem para ser violadas”.

A frase gerou um forte incómodo logo na altura e vários conselheiros exigiram um pedido de desculpas. Ana María Navarro, membro do conselho pela Venezuela, onde vive, disse ter ficado atónita. “Foi uma frase absurda e infeliz, para mais vinda de uma pessoa como ele, que é presidente de um organismo.”

Castelao acabou por pedir desculpa. “Lamento profundamente o que aconteceu. E duplamente: pelos que a ouviram, quase todas mulheres, e por mim, porque construí um edifício que me caiu em cima.”

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Comemorações do 05 de Outubro

É uma vergonha que o Dia da Implantação da República tenha sido comemorado à porta fechada só para alguns quando devia ter sido para todos!
É uma vergonha que o símbolo da nossa Nação tenha sido hasteado ao contrário quando é o próprio país que está virado do avesso.
Meus senhores, que não respeitam o povo português já nós sabíamos, agora que desrespeitem também os símbolos que nos distinguem e identificam como tal, já é um abuso!!!

Sporting

Sá Pinto já não é o treinador do Sporting!

BROKEN HEART

Passeio-me inúmeras vezes nesta praia, perdida nos meus sonhos, que vêm e vão, como uma mera brisa que passa, mas que deixa rasto. Um rasto brilhante e reluzente que mostra o caminho para a origem desta dor. Dor que corrói como se de uma ponta de cigarro, que se vai consumindo a si própria, se tratasse. Tão depressa, tão quente, que até queima se lhe tocasse. E tal como se deita fo...
ra a ponta de cigarro já consumida porque não fazer o mesmo com esta dor? O que me impede? O que me trava? O medo de que se deitar fora esta dor fique livre para que outra possa tomar o seu lugar. Então fico presa. Sinto-me presa. Sem me conseguir libertar deste mal maior que matinalmente me persegue. Debato-me mas não tenho forças. É minha sombra. É meu ar que respiro e que me atormenta porque sei que se não respirar morro. E então, vivo com ela. Dia após dia. Noite após noite. Sem ver a luz ao fundo do túnel. Seria tão mais agradável se me dessem certezas de que sobreviveria se sustivesse a minha respiração. Então, nunca mais respirava e passaria assim, o resto da minha vida. Mas, se assim fosse, nunca mais teria o prazer de "cheirar" a vida. Porque a vida tem muitos cheiros e o que me mais importa é o cheiro do mar. Que me inspira nestes momentos de pura obscuridade antropológica. Que me guarda e que me leva para longe, para bem longe.
Pergunto-me se alguma vez ultrapassarei esta obscuridade que me percorre as veias. Por isso fico serena quando, por alguma razão, me mago-o. E a ferida surge naturalmente, tal como a dor surge repentinamente e cria ferida, mas não sangra. Não sangra porque a própria dor já dá de si. E porque apesar de não sangrar ela mantém-se aberta e igualmente dolorosa. Já se fosse ferida que sangrasse dava-me a esperança de que a dor que me percorre as veias saísse por essa ferida, pelos poros da minha pele, tão depressa quanto entrou. E se desvanecesse tal como quando uma ferida cria crosta e sabemos que se continuar assim, não mais sangrará. Mas nunca esquecendo que basta qualquer circunstância exterior que afecte aquela pele, nova mas ainda frágil porque apenas recentemente se formou, para que comece novamente a sangrar. E aí a dor volta, mais forte e dolorosa. Não se curando com um qualquer penso que a cubra fingindo que a cura, porque simplesmente é dor tão abstracta que médico algum a conseguiria compreender para poder prescrever a receita que a suavizaria. Sinto agora um ardor mais acentuado. É o sal da água do mar que ao tocar na ferida a faz arder, como se de uma ponta de cigarro, que se vai consumindo a si própria, se tratasse. Sinto uma frescura ao de leve na minha face. É a brisa que passa e que deixa rasto. Um rasto brilhante e reluzente que mostra o caminho para a origem desta dor. E tal como a origem desta dor que começou aqui, nesta mesma praia, onde me passeio inúmeras vezes, perdida nos meus sonhos, que vêm e vão, também a água do mar que faz arder inicialmente a ferida que toca, a vai lentamente curando. Até criar crosta. Para nunca mais sangrar.

INCOMPREENSÃO

Inúmeras vezes me pergunto o que faz com que uma pessoa não seja compreendida. E o que faz com que essa mesma pessoa se rebaixe ao seu mais ínfimo ser a ponto de ser compreendida.
 
É importante para nós sermos compreendidos? Não vivemos nós numa sociedade democrática que nos deixe livre o pensamento, a expressão, a acção? Porque somos então criticados quando não nos compreendem? Porque somos discriminados?
 
Costumo dizer que "O que os outros dizem não me afecta." ou  "Eu não dependo da opinião dos outros para viver." Mas será verdade? Não estarei eu a levantar um "muro" para que simplesmente as críticas alheias não me possam atingir, infligir danos?
 
Vivemos numa sociedade democrática, vivemos num Mundo redondo, sem fim. Dependemos uns dos outros e tal como a vida é um ciclo, também a economia o é, também a política o é, também a vida social o é...
 
Precisamos de uns que se especializam para que todos possamos satisfazer as nossas necessidades. Precisamos de mais do que uma pessoa para criar um partido, uma instituição, uma empresa, um serviço. Para tanto, precisamos de nos compreender mutuamente para que possibilitemos que a vida flua, e flua socialmente.
 
Mas da mesma forma que precisamos de nos compreender, ao mesmo tempo e consequentemente, os nossos modos de vida ficam minimamente dependentes das críticas alheias, sejam elas de que natureza for.
 
Ficam dependentes porque sabemos que há regras a cumprir, regras de conduta pessoal, profissional enfim, social. E é a democracia que permite justamente essa dependência.
 
Também a vida de estudante numa faculdade passa pelo mesmo plano. Pensamos, expressamo-nos e agimos sendo criticados por isso. Muitas vezes sem se querer saber a verdadeira razão porque pensamos, expressamo-nos e agimos de tal forma. Não se vive ainda exactamente num Mundo profissional mas funciona exactamente da mesma forma. Com a arrogância que a vida traz consigo.
 
Vivemos no meio de todo o tipo de pessoas, desde as mais humildes às mais prepotentes que passam por cima dos outros para "chegarem ao topo", dizem. Mas qual topo? A vida tem topo? E tem fundo?
 
Como se pode ter a certeza que se chegou ao topo? Como se pode ter a certeza que se "bateu no fundo"? É a vida que dita? Ou são as pessoas que ditam os seus próprios "topos" e "fundos"? Mas isto interessa? Interessa passar por cima de outrém para se chegar a onde quer que seja? Qual a vantagem?
 
A vida é o conceito mais recheado de conceitos que eu já conheci. É também o conceito mais incompreensível que já conheci. E se a incompreensão já vem da origem, então teremos de viver com ela mesmo.

O Governo enquanto maço de cigarras

A cigarra tem dois desejos: cantar e ficar com uma parte do fruto do trabalho da formiga. Passos Coelho anunciou a intenção de ficar com uma parte do fruto do trabalho dos portugueses e depois foi cantar (para o concerto de Paulo de Carvalho). É, sem tirar nem pôr, o comportamento da cigarra

Os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Deviam abandonar a sua zona de conforto e emigrar. Fariam melhor se deixassem de ser piegas. E, além do mais, são preguiçosos, como as cigarras. O povo português é, globalmente, uma cigarra caloteira, lamechas e excedentária. Que o Governo continue interessado em dirigir este lamentável insecto, é quase milagroso. Em lugar de agradecer a gentileza, o povo responde com insultos. O salutar diálogo democrático entre governantes e governados está cada vez mais parecido com uma rixa de trânsito. "Gatunos!" "Calões!" "Saiam do Governo!" "Saiam do País!"
O que ficou escrito acima é a interpretação que os piegas fazem das palavras do ministro Miguel Macedo. A tendência para a lamúria e para a vitimização tolda-lhes a capacidade de análise. Na verdade, a violenta crítica de Miguel Macedo não é dirigida aos portugueses, mas ao primeiro-ministro. Um exame mais atento à fábula da cigarra e da formiga não deixa dúvidas. A cigarra da história tem dois desejos: cantar e ficar com uma parte do fruto do trabalho da formiga. Passos Coelho anunciou a intenção de ficar com uma parte do fruto do trabalho dos portugueses e depois foi cantar (para o concerto de Paulo de Carvalho). É, sem tirar nem pôr, o comportamento da cigarra - e é nocivo para o País, como o ministro da Administração Interna assinalou, e bem.
Há uma contrafábula que consiste numa espécie de sequela da história da cigarra e da formiga. Muitos anos mais tarde, elas voltam a encontrar-se. "O que tens feito?", pergunta a cigarra. "O costume", disse a formiga. "Trabalho que nem uma moura durante o verão para acumular mantimentos que me permitam passar um inverno modesto e com o mínimo essencial. E tu?" Responde a cigarra: "Continuei a cantar e agora vivo em Paris, já esgotei várias vezes o Olympia, tenho uma mansão, um iate..." É então que a formiga diz: "Está certo. Olha, se vires o La Fontaine diz-lhe que vá para o raio que o parta." Talvez a moral da contrafábula seja mais certeira que a da fábula. A cigarra que ocupava a cadeira em que Passos Coelho se senta agora também se fartou de confiscar o fruto do trabalho das formigas e hoje leva uma vida de sonho, precisamente, em Paris. E o mais provável é que, quando voltarmos a encontrá-lo, dentro de uns anos, Passos Coelho tenha uma vida bem melhor que a das formigas. La Fontaine precisa mesmo de ir para o raio que o parta.
Ricardo Araújo Pereira
9:28 Quinta, 4 de Outubro de 2012


Ler mais: http://visao.sapo.pt/ricardo-araujo-pereira=s23462#ixzz28RORWUxV

Mais de uma hora para ver J-Lo

Mais de uma hora para ver J-Lo

Aquilo que as estrelas do mundo da música têm de mais precioso são os seus fãs… e Jennifer Lopez sabe disso. A cantora norte--americana decidiu abrir as portas do Pavilhão Atlântico para deixar os admiradores assistirem ao ensaio geral do concerto de hoje.

Muitos pensavam que J-Lo apareceria de fato de treino, a afinar a voz e a cantar uma ou duas músicas. Para surpresa geral, o ensaio serviu para gravar alguns momentos da artista em palco e vão incluir o DVD da sua digressão, ‘Dance Again World Tour’. Assim, as mais de mil pessoas que se encontravam no recinto tiveram direito um espectáculo completo, com números de dança arrojados e fogo-de-artifício.
 
Instalada num hotel de luxo em Lisboa, J-Lo só chegou ao palco às 20h20, 80 minutos depois da hora prevista para o início. Muitos eram aqueles que estavam furiosos. "Isto já não tem só a ver com a vida dela, parece que está a brincar com a nossa também", ouvia-se às portas do Pavilhão Atlântico.
 
O serão começou com o hit ‘Get Right’, o que levou famílias inteiras a dançarem a coreografia. A cantora provou estar em excelente forma, quer física quer vocal. Aos 43 anos, Jennifer Lopez mostrou que consegue não só dançar mais do que muitas jovens de 20 anos, como atingir umas notas agudas invejáveis. Hoje é a sério e o concerto está marcado para as 20h30.